Fahrenheit 9/11
Tive a sorte de ontem ter ido assistir à estreia do dito. Nâo tenho muito a dizer sobre o filme, porque a) não consigo e b) vale mais a pena vê-lo.
Michael Moore não é imparcial; no entanto, também não deixa de ser verdadeiro, por contraditório que possa parecer, e é isso que o faz ganhar.
Pontos positivos do filme:
- não ter mostrado as imagens do embate nas torres gémeas [não digo mais porque vale muito mais a pena a agradável surpresa de ver alguém não fazer o óbvio]
- o evitar deliberado do esmifrar das emoções das pessoas: o choro aparece quando faz sentido e só enquanto faz sentido e não há grandes zooms das lágrimas das pessoas
Enfim, se já viram o Bowling for Columbine, sabem que o estilo do senhor Moore é o de uma tragicomédia em que às tantas já não sabemos se havemos de rir. Se não viram, não faz mal, não tem nada que aprender e vão muito a tempo mesmo que só vejam este.
Outro ponto muito, muito positivo é a permanente educação do xô Michael, mesmo quando estão em jogo as acusações mais cáusticas. Nunca é aquele homem mal-educado ou agressivo; uma pessoa até se pergunta se ele não se estará a armar em ingénuo ou a ser um cínico do caraças [eu por acaso acho que não].
Uma coisa boa e que pode servir de algum consolo é sabermos que ainda há americanos com coração e com juízo. Podem não ser a maioria, mas estão lá. A mim ficou-me particularmente gravado o insight de um soldado americano no Iraque, que dizia "You can never kill someone else without killing a part of yourself.".
Há algo de muito errado na terra do tio Sam. Who's your daddy?
Michael Moore não é imparcial; no entanto, também não deixa de ser verdadeiro, por contraditório que possa parecer, e é isso que o faz ganhar.
Pontos positivos do filme:
- não ter mostrado as imagens do embate nas torres gémeas [não digo mais porque vale muito mais a pena a agradável surpresa de ver alguém não fazer o óbvio]
- o evitar deliberado do esmifrar das emoções das pessoas: o choro aparece quando faz sentido e só enquanto faz sentido e não há grandes zooms das lágrimas das pessoas
Enfim, se já viram o Bowling for Columbine, sabem que o estilo do senhor Moore é o de uma tragicomédia em que às tantas já não sabemos se havemos de rir. Se não viram, não faz mal, não tem nada que aprender e vão muito a tempo mesmo que só vejam este.
Outro ponto muito, muito positivo é a permanente educação do xô Michael, mesmo quando estão em jogo as acusações mais cáusticas. Nunca é aquele homem mal-educado ou agressivo; uma pessoa até se pergunta se ele não se estará a armar em ingénuo ou a ser um cínico do caraças [eu por acaso acho que não].
Uma coisa boa e que pode servir de algum consolo é sabermos que ainda há americanos com coração e com juízo. Podem não ser a maioria, mas estão lá. A mim ficou-me particularmente gravado o insight de um soldado americano no Iraque, que dizia "You can never kill someone else without killing a part of yourself.".
Há algo de muito errado na terra do tio Sam. Who's your daddy?
5 Comments:
At 2 de agosto de 2004 às 19:05,
Bogas said…
Aparentemente, apenas lisboetas e portistas têm o direito de ver o filme do xô Michael :(
At 2 de agosto de 2004 às 21:21,
inês said…
you're kidding oO
At 2 de agosto de 2004 às 21:21,
inês said…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
At 8 de agosto de 2004 às 03:52,
Bogas said…
Fantástico, finalmente estreou em Setúbal. Deve ser um filme de migração lenta :\
At 16 de agosto de 2004 às 03:52,
coquet said…
so para que se saiba, ja esta ca em faro e ja fomos ver (alguns de nos).
Eu pessoalmente nao concordo que ele nao tenha exagerado com as lagrimas. Axo que exagerou. Havia cenas dispensaveis.
Anyway, foi enjoyable.
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