flick-o-rama

O espaço que faltava na blogosfera portuguesa! Uma cambada de nerd-wanna-bes ávidos de cóltura cinematográfica a mostrarem que na realidade nao pescam mesmo nada disto...

30.7.04

Fahrenheit 9/11

Tive a sorte de ontem ter ido assistir à estreia do dito. Nâo tenho muito a dizer sobre o filme, porque a) não consigo e b) vale mais a pena vê-lo.
Michael Moore não é imparcial; no entanto, também não deixa de ser verdadeiro, por contraditório que possa parecer, e é isso que o faz ganhar.
Pontos positivos do filme:
- não ter mostrado as imagens do embate nas torres gémeas [não digo mais porque vale muito mais a pena a agradável surpresa de ver alguém não fazer o óbvio]
- o evitar deliberado do esmifrar das emoções das pessoas: o choro aparece quando faz sentido e só enquanto faz sentido e não há grandes zooms das lágrimas das pessoas
Enfim, se já viram o Bowling for Columbine, sabem que o estilo do senhor Moore é o de uma tragicomédia em que às tantas já não sabemos se havemos de rir. Se não viram, não faz mal, não tem nada que aprender e vão muito a tempo mesmo que só vejam este.
Outro ponto muito, muito positivo é a permanente educação do xô Michael, mesmo quando estão em jogo as acusações mais cáusticas. Nunca é aquele homem mal-educado ou agressivo; uma pessoa até se pergunta se ele não se estará a armar em ingénuo ou a ser um cínico do caraças [eu por acaso acho que não].
Uma coisa boa e que pode servir de algum consolo é sabermos que ainda há americanos com coração e com juízo. Podem não ser a maioria, mas estão lá. A mim ficou-me particularmente gravado o insight de um soldado americano no Iraque, que dizia "You can never kill someone else without killing a part of yourself.".

Há algo de muito errado na terra do tio Sam. Who's your daddy?

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